novembro 12, 2012

A cerca da moralidade


Entender as pessoas é realmente complicado.
Entender a nós mesmos é às vezes muito pior. Dói mais ainda quando não nos entendemos e daí rola dúvida e desespero sobre quem realmente somos ou o que queremos com o que temos na vida.
Essencialmente, raramente o que temos é o que de verdade queremos. Como dizem por aí, a grama do vizinho sempre está mais verde. Olhando do lado de fora é como a gente enxerga a vida alheia...
Mas dentro de cada um, somente o ser em si reconhece a sau própria necessidade. É complicado entender e ao mesmo tempo fácil, porque todos nós passamos por isso, e isso sim é experiência vivida.
Olhando do lado de fora a vida de um cara que como muitos na sua idade realiza sonhos e projetos de vida. Tem a mulher perfeita... Filhos que sempre quis. Um trabalho digno com carreira explendida, carro da moda e casa própria. Graduação, pós-graduação... A felicidade parece completa, até que um belo dia, ele conhece alguém.
Ela de longe é a mulher perfeita que ele tem em casa... Está um pouco acima do peso, fala alto e tem a risada mais estranha e engraçada que ele já ouviu.
Mas o olhar é doce e traduz a sua essencia... Diz no brilho tudo aquilo que ele sempre procurou em alguém...
Ele deduz que é arriscado olhar dentro desses olhos, pois se perder no infinito é arriscado, apesar de ser um privilégio.
Em um determinado momento ele percebe que é impossível resistir, a maciez dessa pele morena, desses olhos cor da noite e do cheiro florado dos cabelos sedozos dessa imperfeita moça.
E por uma noite apenas, eles se uniram em pecado e delicias... Perfeito e único. Surpreendentemente prezeroso, tornando aquele ser imperfeito, o mais magnífico para aquele homem, que delirou durante uma noite inteira de prazer com todos os gostos e cheiros e toques...
Agora depois de todas as vontades realizadas... Depois de todo o tipo de prazer satisfeito e de ter tido aquela mulher nos seus braçose sentido o que nunca havia sentido, ele percebe que nada na sua vida faz sentido. Que a felicidade do prazer é bem maior e é o que ele realmente quer e necessita. É o que o satisfaz e o completa.
Sem rodeios e sem arrependimentos ele quer tê-la de novo. Não importa onde, nem como. Não importa se sua vida irá mudar, se tudo de perfeito e concreto irá desmoronar. A única verdade que ele acredita é no prazer da imperfeição que se mostrou perfeita para ele.

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