maio 03, 2013

Qual é a minha história?






Viajo em pensamentos que julgo serem errados. São nessas viagens que tiro de mim o melhor que tenho. Não é porque eu gosto dessa onda... Filtro dos sonhos, o famoso Dreamcatcher, incenso, bolas de cristal... Roupas indianas, sinos de vento... Espiritualidade ao invés de religiosidade. Músicas dramáticas, literatura de cordel... Cultura indígena, olho grego... Danças folclóricas, cultura indiana...
Isso tudo sempre me encantou, são pequenas partes de mim. Da história que tento levar... E andando por meio dela, encontro duentes, bruxas, fadas e gnomos. Estrelas cadentes e velas aromáticas. Escondidas, emparedadas, enquadradas... Purificando o que eu sou. Sendo simplesmente e completamente eu.
E qual é a minha história? Alguém me perguntou. E como se não fosse óbvio, sublime e essencial, sugeri que olhasse para mim. O que eu visto, como eu falo e o que digo, é a impressão perfeita do que sou. A expressão do meu eu superficial e profundo. Fácil e ao mesmo tempo complicado.
Ridículo, medíocre e ao mesmo tempo claro e perfeito. Um lixo... Fato que poucos irão entender. Mas acima de tudo uma essência. Um jeito de ser incapaz de ser copiado. Uma vida amada, odiada, copiada, mas acima de tudo, uma história vivida, vívida...
E por esse caminho eu tenho andado trilhado e sonhado... Viajado... Pintando arco-íris nas portas... Pulando amarelinhas em calçadas. Focando e perdendo o foco dos meus passos. Errando... Acima de tudo errando. Tentando ser perdoada. E o mais complicado de tudo... Perdoando-me  a cada erro, a cada tropeço e nas reviravoltas do mundo viajado em que me encontro, eu simplesmente sou eu.
Repito, repito um milhão de vezes... Olhe para mim. Veja o que visto, escute o que digo e perceba o modo como falo, é a impressão do que sou... Agora nem tão perfeita, pois nem perfeita sou. Sou sonhos e confusões sou essa metamorfose constante... E é essa a minha história. É essa a vibe que curto. É nessa onda que tenho viajado.
Qual é a minha história? É essa de continuar na rotina estranha desses dias. De olhar as pessoas nos olhos e ver/sentir a energia. Positiva e revigorante, negativa e destruidora. E depois de contar a minha história, ainda me perguntam: Qual é a minha história? É um livro? É um conto? Não, não... São apenas alguns rabiscos na porta de um banheiro qualquer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário